Psicologia 15 de Maio de 2016
Hoje a psicóloga Leticia Delpizzo, super parceira da Integral, fala sobre o sedentarismo do ponto de vista psicológico, bem como os efeitos emocionais do exercício.
O nosso sistema emocional que “manda” em nós! Existem pesquisas realizadas por neurocientistas que demonstram isso. Em uma delas, o pesquisador coloca dois montes de cartas na frente de uma pessoa e pede para ela virar as cartas aleatoriamente de qualquer um dos dois. Ao mesmo tempo, são medidos os batimentos cardíacos, pressão sanguínea e sudorese. Logo a pessoa para de mexer no monte de cartas da esquerda e se tem as alterações fisiológicas para mais. Ao ser questionada do motivo porque não tocar mais no monte da esquerda, a pessoa constrói justificativas do tipo: “não, eu estou mexendo”. Ela leva até 50 segundos para compreender o motivo de não mexer mais ali, mas as sensações fisiológicas aparecem em menos de 10 segundos. Explicação: O monte da direita ao virar a carta a pessoa ganhava ou perdia um pouco de dinheiro. O monte da esquerda ganhava ou perdia muito dinheiro. Conclusão, o sistema emocional já tinha as alterações demonstrando o medo da pessoa de correr riscos. Por isso, afirmamos que são as emoções que nos comandam. Bem, nosso corpo ao final de um dia de trabalho encontra-se cansado. Assim passamos a construir justificativas do tipo: trabalhei um monte, mereço o sofá. Ou ainda, agora é hora de relaxar. Esquecemos que para termos saúde e disposição, praticar uma atividade física é um apoio e não um desgaste. É recompensador. Se são as emoções que nos comandam, e elas são alimentadas neuroquimicamente por uma substância chamada dopamina, sabemos, cientificamente, que atividade física aeróbica estimula a produção dessa substância. Por isso, a sensação de bem estar ao final de um treino bem sucedido. Temos mais dopamina circulando em nosso cérebro. Estimulando diretamente o núcleo do prazer que temos em nosso cérebro. Que outras atividades estimulam a produção de dopamina? Sono, sexo, dinheiro, auto-realização, afeto, hobbies, cafeína, chocolate, nicotina, álcool, drogas. Contudo, justamente por alimentarem o núcleo do prazer, podem causar algum tipo de dependência.