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A Integral esteve presente em Eugene, Oregon, para prestar uma homenagem a uma das maiores lendas do atletismo - o americano Steve Prefontaine, que morreu em um acidente de carro aos 24 anos, no ano de 1975, enquanto se preparava para os Jogos Olímpicos de Montreal, que ocorreriam no ano seguinte. Prefontaine se tornou uma lenda por diversos motivos: tinha um estilo agressivo de correr, sempre começando as competições num ritmo muito forte, seguindo nesse ritmo até onde aguentasse. Era um inconformado com uma característica que hoje impera nas corridas de fundo de alto nível, onde os atletas seguem em ritmo conservador até uma explosão na última volta. Para ele, mais importante do que a vitória, era chegar ao final sentindo que ofereceu seu melhor. Essa característica era ao mesmo tempo seu maior trunfo, e maior algoz. Foi acreditando nela que chegou a deter sete recordes continentais e a medalha de ouro pan-americana nos jogos de Cali em 1971. Mas também foi por causa dessa característica que chegou num dramático quarto lugar nos 5,000 das Olimpíadas de Munique em 1972, disputando a medalha de ouro até os últimos 100 metros e chegando trôpego ao cruzar a linha de chegada perdendo posições. Tinha 21 anos. Foi parte fundamental da história da Nike, sendo o primeiro atleta a ser patrocinado pela empresa que foi fundada pelo seu ex-treinador. Na sede da empresa, em Oregon, figura uma única estátua, dentre os tantos atletas que a empresa patrocinou até hoje. O esporte profissional que conhecemos hoje deve muito a Prefontaine, que liderou um movimento contra a liga amadora de atletismo, que na época proibia os atletas de receberem qualquer incentivo financeiro. Nessa época surgiu a primeira liga profissional do esporte, que bateu de frente com o amador esporte olímpico. Pre recebeu uma proposta de 200,000 dólares. Mas o aceite da proposta lhe impediria de conquistar aquele que era seu maior sonho: o ouro olímpico. Não aceitou e seguiu vivendo num trailer de 60 dólares mensais, sobrevivendo trocando selos. Pre correu e ganhou sua última corrida em 29 de maio de 1975, no Hayward Field de Eugene. Morreu no dia seguinte aos 24 anos de idade. Na rocha que bateu seu carro foi criado um memorial que até hoje leva os fãs do esporte à pequena cidade que foi palco de suas maiores vitórias pela Universidade de Oregon. E foram muitas: venceu 82 das 102 corridas que disputou na carreira. Dizem que o céu se despejava quando Pre colocava os pés sobre a pista do Hayward Field, uma lenda que tem mais de verdade do que de mito. “Quando as pessoas me perguntam por que corro, lhes respondo que muitas pessoas correm para ver quem é o mais rápido. Eu corro para ver quem tem mais coragem”. Assim, simples. Um boné da Integral foi deixado no memorial que foi construído na Pre Rock, onde Prefontaine deixou este mundo aos 24 anos.