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O pouco que vi dos jogos olímpicos já me deixou com a imagem de que temos muito a aprender em termos de organizacao de eventos.

Tudo em Londres hoje respira jogos olímpicos. No próprio voo já somos informados sobre as mudanças na cidade. Ao chegar no aeroporto, há funcionários por todos os lados com informações sobre os jogos, mapas gratuitos, além da decoração inspirada nas olimpíadas.

Depois de cerca de 50 minutos de viagem de metrô até o hotel (sim, de metrô - mais de 35 quilômetros de distância conectados), em um local não muito turístico e já noite... encontro novamente funcionários trabalhando com informações sobre os jogos olímpicos. Perguntam a todos que passam no local se precisam de algo. Isso em uma estação pouco movimentada e à noite.

O primeiro dia de atletismo dos jogos foi um espetáculo. Aqui na Inglaterra se fala muito na britânica que terminou o dia do Heptatlo na frente. E o que falar da prova de 10.000m feminino?

O Quênia certamente leva a fama pelo grande desempenho em maratonas, mas quando se trata de provas de fundo, em geral, a Etiópia é o time a ser batido. Entender isso não é difícil: domínio total de ouros nas últimas três olimpíadas, tanto no masculino, quanto no feminino, nas duas provas de pista - 5.000m e 10.000m. O Quênia na verdade se acostuma bastante com um tal segundo lugar no pódio... O que falar da vencedora, Tirunesh Dibaba?

Amigos da Integral que compartilham esse prazer imenso que é a corrida... conseguem imaginar uma mulher correndo na casa de 30 minutos? (e ela já correu 29'!).

Impressionante onde os níveis humanos podem chegar!

E em termos de organização, falando especificamente do nosso esporte... como temos a melhorar, mesmo em eventos relativamente simples como a organizacao de uma corrida... que às vezes não oferecem nem o mais básico ao corredor.

Muito disso, também, vem do grau de exigência, portanto pensemos nisso e que esse exemplo de Londres sirva, nem que seja um pouquinho, para exigirmos provas mais organizadas no nosso Brasil.

Rafael Maioral!