03 de Setembro de 2014
Estamos trazendo a reportagem da Blogueira Ticiane Toledo, do site VidaFit. Este post foi baseado em uma pesquisa realizada pela Universidade de North Texas. Leiam abaixo:
Bom, eu sou suspeita pra comentar sobre os benefícios das atividades físicas porque eu mesma sinto na pele (nos ossos, nos cabelos, nos meus órgãos, enfim, no corpo inteiro) todas as coisas positivas que os exercícios trazem pra nossa vida – física, emocional e socialmente falando. E agora soube de um estudo da Universidade de North Texas que constatou que praticar atividades físicas na adolescência pode ajudar a evitar a depressão, principalmente em meninas.
Os pesquisadores investigaram dados de 437 estudantes (55% meninas) de áreas metropolitanas da região de North Texas, nos Estados Unidos. No sexto e no sétimo ano, os participantes preencheram questionários sobre sintomas de depressão e sedentarismo. Além disso, foram pesados e completaram um teste de corrida para avaliar se estavam em boa forma. “O nível de atividade física em um estudante pode variar semanalmente, enquanto que a boa forma é o resultado de uma atividade mais prolongada. Checar o índice de massa corporal e o desempenho na corrida nos dá um quadro mais completo do nível de atividade de cada pessoa”, explicou Camilo Ruggero, pesquisador da Universidade de North Texas e principal autor do estudo. De acordo com Ruggero, 28% das garotas do sexto ano e 29% das do sétimo demonstraram graus elevados de sintomas depressivos. No caso dos garotos, as taxas foram de 22% e 19%, respectivamente.
Ao comparar os dados e ajustar as variáveis, o pesquisador constatou que o nível de atividade física estava diretamente associado aos sintomas, mais ainda entre as adolescentes. Aquelas com melhor índice de massa corporal e que se saíram bem na prova de corrida eram as menos propensas a exibir o comportamento típico da depressão – e, sim, o contrário também se mostrou verdadeiro nesta pesquisa. “Programas de atividade física podem ser uma maneira de ajudar a prevenir a depressão nesses estudantes, embora as escolas devam usar outras intervenções, como terapia comunitária ou individual”, observou Ruggero, na apresentação do estudo na na convenção anual da Associação de Psicologia Americana. “Na adolescência, o distúrbio está associado a diversas causas e pode afetar a saúde geral e o desempenho escolar”, completou o pesquisador.
Essa questão é SUPER importante. A própria OMS (Organização Mundial de Saúde) já advertiu em um relatório publicado em maio deste ano que a depressão é a doença mais frequente na adolescência e o principal motivo de inaptidão entre adolescentes entre 10 e 19 anos de idade. Esse mesmo relatório aponta que, nessa faixa etária, 25% dos adolescentes não praticam atividades físicas o suficiente (e não é nada absurdo não, viu? Coisa de menos de 60 minutos por dia). Em outra matéria, soube de um levantamento que aponta que a depressão já atinge 30% da população brasileira, e que a doença é muitas vezes confundida com tristeza ou “mimimi”. Ou seja, os jovens de hoje podem ser os adultos depressivos de amanhã que vão estar nessa porcentagem.
Então temos que ficar de olho nas nossas crianças e incentivar nelas os hábitos saudáveis, principalmente nessa fase da vida que é tão estranha e complicada, né? Pra uns mais do que pra outros, mas essa é a dor e a beleza de sermos indivíduos e, portanto, com características, dores e prazeres individuais.
- Se você que está lendo esse post é um adulto, oriente os jovens ao seu redor, fale com os pais dessas crianças.
- E se você é adolescente e chegou até aqui, aproveite essa fase (que vai deixar saudades, mesmo com todos os problemas, acredite) e faça dela uma passagem bonita e mais saudável na sua vida. Com certeza você só vai tirar benefícios disso, agora e no futuro