Blog

nome do post Dia Mundial do Diabetes Escrito por: Seja Integral
14 de Novembro de 2015

Para marcar o Dia Mundial do diabetes trazemos um texto sobre como prevenir e tratar essa doença com um estilo de vida saudável

diabetesCom o envelhecimento da população e a adoção de hábitos de vida pouco saudáveis é cada vez mais comum o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, como é o caso da Diabetes Mellitus (DM). A DM é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia resultante da falha da produção das células beta do pâncreas (DM – Tipo I), na ação da insulina (DM – Tipo II). Há também a DM gestacional, que apresenta tanto aumento à resistência da insulina quanto à diminuição da função das células beta. Historicamente, observa-se o crescimento da prevalência de DM no mundo. Em 1985 estimava-se haver 30 milhões de adultos com essa síndrome. Já em 1995 o número cresceu para 135 milhões, atingindo 173 milhões em 2002, com projeção de chegar a 300 milhões em 2030. No Brasil, na década de 80, estimou-se a prevalência de 7,6% em pessoas adultas, dados mais recentes apontam taxas mais elevadas, variando de 13,5% a 15%. Atualmente a Sociedade Brasileira de Diabetes definiu os valores de referências utilizados para o diagnostico inicial de Diabetes Mellitus:pastedGraphic Esta alta taxa de açúcar no sangue durante um longo período está associada a danos ao organismo, como a disfunção e falha de diferentes órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. Com isso um programa bem estruturado de mudança de estilo de vida, conciliando exercício e melhores hábitos de alimentares pode trazer ótimos resultados. O exercício físico é fundamental para o tratamento do DM, pois auxilia no controle dos níveis de açúcar no sangue, afasta os riscos de ganho de peso, aumentando desta forma a sensibilidade insulínica O ideal é que a prática de exercícios físicos aconteça de três a cinco vezes na semana, totalizando 150 minutos semanais de atividade moderada, conseguindo desta forma alcançar grande parte dos benefícios citados acima. É de extremamente importante realizar os cuidados pré e pós exercício físico, por isso procure um profissional capacitado para melhor lhe atender e otimizar os seus resultados.

Diabetes e fisioterapia

Uma das maneiras de se prevenir, cuidar e controlar a diabetes é através da fisioterapia. O manejo da dor é uma função que a fisioterapia pode auxiliar, uma vez que os diabéticos sofrem frequentemente com o comprometimento nervoso. A estimulação elétrica, a dessensibilização sensorial e os exercícios direcionados ajudam a controlar o incômodo, deixando o paciente livre para a prática de atividade física. A pessoa com diabetes está propensa à perda de sensibilidade. É comum se machucar e não saber onde, pois não teve a resposta dolorosa enviada ao cérebro corretamente. Problemas circulatórios podem retardar o processo de cicatrização e a consequência é o surgimento de lesões de difícil tratamento, por isso, o cuidado com os pés é essencial. Normalmente, o diabético só se dá conta da lesão já em estágio adiantado, o que torna o tratamento extremamente difícil, devido à insuficiência circulatória. Bolhas, perda de sensibilidade, junto com sapatos mal ajustados, podem causar ulceração, por isso, a escolha do calçado mais adequado é essencial para aliviar a pressão sobre os pés. A fisioterapia vai orientar de forma correta os exercícios e cuidados que o diabético deverá ter para melhorar tanto a circulação do sangue quanto a sensibilidade, a fim de evitar essas complicações. Nesse contexto de prevenção, o pé diabético merece uma atenção especial do fisioterapeuta, sendo um estado fisiopatológico caracterizado por lesões que surgem nos pés do diabético, geralmente em consequência de neuropatias, doença vascular periférica e deformidades. Essas lesões frequentemente ocorrem por traumas e levam a complicações, inclusive amputações, quando não há tratamento adequado. A perda da sensibilidade é um dos principais fatores que contribuem para a diminuição do equilíbrio, gerando alterações na marcha a na postura. Alguns recursos fisioterapêuticos podem ser utilizados no paciente diabético a fim de evitar complicações como o pé diabético. Entre eles está a cinesioterapia, que melhora a sensibilidade, a força, o equilíbrio, a propriocepção, pois em muitos casos há uma disfunção vestibular e visual. Os pacientes com diabetes mellitus frequentemente apresentam sintomas como tontura, zumbidos,e hipoacusia. A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que tem sido cada vez mais utilizado no tratamento do diabético, visto que a água possui efeitos físicos e fisiológicos que podem ser benéficos para o paciente. Entretanto, antes de iniciar um tratamento aquático, é preciso ter um parecer médico quanto ao estado geral do paciente, principalmente quanto a problemas no aparelho circulatório, que é uma contra-indicação para o exercício aquático, pois causa instabilidade hemodinâmica.

Alimentação e Diabetes

Para pessoas com diabetes, a ingestão exagerada de alguns alimentos pode ser um perigo. Uma dúvida bastante comum entre os pacientes é sobre como criar e manter uma dieta saudável. Uma alimentação saudável e equilibrada faz parte do tratamento das pessoas com diabetes, em conjunto com a atividade física e a medicação (antidiabéticos orais ou insulina). Os principais objetivos da alimentação de uma pessoa com diabetes são: obter um bom controle da glicemia, colesterol, triglicérides, pressão arterial e atingir e manter um peso saudável, de forma a prevenir o aparecimento das complicações da doença. Para ajudar a controlar estes fatores de risco, recomenda-se a redução da ingestão de gordura e  sal e o aumento da ingestão de fibra. Os comitês de estudos sobre o diabetes têm orientado que as pessoas com diabetes sigam a mesma alimentação saudável recomendada à população em geral. Muitas vezes pensa-se que terá que se fazer uma dieta rigorosa, mas na verdade o que se espera é um planejamento e organização dos hábitos alimentares. Isto quer dizer que teremos que ter uma maior atenção quanto às escolhas dos alimentos e a quantidade consumida. Referências:
  • American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes. Diabetes Care. 2011; 34(suppl1): S11-61.
  • Colberg SR, Sigal RJ, Fernhall B, Regensteiner JG, Blissmer BJ, Rubin RR, et al. Exercise and type 2 diabetes: The American College of Sports Medicine and the American Diabetes Association: joint position statement. Diabetes Care. 2010; 33: e147-e167.
  • Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2013-2014/Sociedade Brasileira de Diabetes ; [organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio]. – São Paulo: AC Farmacêutica, 2014.
  • Kelley DE, Goodpaster BH. Effects of exercise on glucose homeostasis in type 2 diabetes mellitus. Med Sci Sports Exerc. 2001 Jun; 33(6 Suppl): S495-501; discussion S28-9.

Compartilhe:
Comentários