Por que corrida pode trazer felicidade? Entenda qual é o papel dos hormônios
Escrito por: Seja Integral22 de Setembro de 2015
A leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo que ajuda a controlar a sensação de saciedade, mas estudos recentes mostram que ela também influencia a atividade física. O conhecido “barato” da corrida parece estar associado não apenas com a liberação de endorfinas, mas por um mecanismo de recompensa ativado pela leptina. Segundo pesquisadores, a leptina nos motivaria a correr.
O estudo
A pesquisa foi realizada em ratos. A atividade física dos roedores normais foi comparada com a de ratinhos que foram geneticamente modificados para suprimir uma molécula ativada pela leptina. Essa molécula, denominada STAT3, pode ser encontrada em neurônios dopaminérgicos que compõem a via mesolímbica relacionada à motivação cerebral.
Aqueles que foram privados da molécula correram mais. Por outro lado, os ratos “normais” foram menos ativos. As reservas energéticas seriam suficientes e não seria necessário se manter ativo? A hipótese é essa. Portanto, a leptina desempenha um papel fundamental tanto na regulação do equilíbrio de energia quanto em comportamentos gratificantes para o metabolismo da pessoa, como por exmplo a prática de atividade física para encontrar comida.
Conclusão
Baixos níveis de leptina aumentam a motivação para fazer exercício. Pode parecer paradoxal, porém, o mesmo hormônio que nos faz sentir fome, também nos faz correr mais e se sentir mais feliz ao fazê-lo. Mas a teoria faz sentido do ponto de vista evolutivo. Quando existiam os primeiros humanos, a comida era escassa e eles teriam de suportar longas caminhadas de barriga vazia para encontrar mais. O “barato” do corredor pode ter evoluído para motivá-los a continuar, para assegurar que iriam receber a comida que eles precisavam. (Texto com informações do site Meu Cérebro e Globo Esporte)
