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nome do post Dores na lateral do quadril, nos glúteos ou na virilha? Pode ser impacto femuroacetabular Escrito por: Seja Integral
10 de Outubro de 2014

Entenda melhor a lesão do nosso treinador Diego, e acompanhe o seu relato!

A articulação do quadril é formada pelo fêmur (osso da coxa) e o acetábulo (parte da pelve), que se encaixam como uma bola no soquete. Revestindo o acetábulo existe uma cartilagem chamada labrum acetabular. Entre suas funções estão estabilizar a articulação do quadril, distribuir a pressão articular e distribuir o líquido sinovial, que nutre a articulação. Quando existe excesso de impacto entre o acetábulo e a cabeça do fêmur, o labrum acetabular pode ser lesionado e causar dor. Anatomia quadril As possíveis causas para o impacto femuroacetabular e a lesão labral são:
  • Trauma direto sobre o quadril, ou movimento brusco de rotação do quadril
  • Movimentos repetitivos, principalmente de flexão  associada à rotação interna de quadril.
  • Deformidades que aumentam o impacto entre as estruturas ósseas. As deformidades podem ser de dois tipos: CAM em que existe uma deformidade na cabeça do fêmur; ou do tipo PINCER em que existe uma deformidade no acetábulo. Essas deformidades podem apresentar-se ao mesmo tempo, neste caso são chamadas de mistas.
  Cam Pincer Comumente a causa da lesão é uma associação entre as deformidades e os impactos repetitivos. Apresenta maior incidência em adultos jovens, entre 20 e 40 anos. Pode ocorrem em sujeitos sedentários ou em praticantes de atividade física. Nestes a lesão ocorre muitas vezes por movimentação errada e falta de orientação. Inicialmente os pacientes costumam referir dor em fisgada ou "travamentos" da articulação do quadril, podendo evoluir para dor ao movimento como caminhar, correr, ou em flexão e extensão do quadril como o movimento de entrar e sair do carro. A dor pode aparecer em posição estática como ficar muito tempo sentado. A dor costuma aparecer na região da virilha podendo irradiar para a coxa, mas pode ocorrer também na lateral das coxas ou nádegas. Para uma boa recuperação e, principalmente, para evitar a progressão da lesão é fundamental que o tratamento seja iniciado nos primeiros estágios. Portanto, se você sente alguma dor ou desconforto nessa região procure orientação. Quando ainda nos primeiros estágios da lesão opta-se pelo tratamento conservador que consiste em Fisioterapia. Objetiva-se diminuição da inflamação local, alívio da dor, reequilíbrio muscular da região e correção do movimento e da biomecânica articular. Em estágios avançados da lesão, ou em atletas de rendimento em que não existe um bom prognóstico, a indicação é a intervenção cirúrgica por artroscopia.

Para agendar seu horário ou esclarecer dúvidas entre em contato com a Fisioterapeuta Integral:

Priscilla Wittkopf: prifisio@culturadacorrida.com | (48)3209-1099 | (48)8402-2532  

Relato Treinador Diego Antunes

O texto da Priscilla está ótimo para entender melhor a lesão. Resolvi fazer meu relato através de tópicos para ilustrar melhor e resumidamente o que acho importante.
  • Ao sentir dor ou algo diferente no seu corpo procure orientação profissional;
  • Quanto mais rápida a identificação do seu problema, você evita a piora da lesão;
  • Cada caso é um caso. Observe bem seu corpo e procure um profissional capacitado, descreva quem você é, suas dores, dificuldades, seus desejos, assim ele irá te passar o tratamento mais adequado;
  • Informe-se bem sobre sua lesão! Converse com profissionais da saúde, busque diferentes opiniões, procure materiais em fontes confiáveis e entenda o que está acontecendo com seu corpo, isso vai ajudar você a tomar decisões e fazer uma boa recuperação.
  • Cirurgia não é o fim do mundo! Claro que tem todos seus riscos, porém quando bem recomendadas e com processo de reabilitação bem feito proporcionam melhora na qualidade de vida.
  • Faça da recuperação seu treino! Respeite o tempo, faça tudo que for pedido, disciplina e foco. Respeite seu corpo!
Fiz a cirurgia nos dois lados do quadril e deu tudo certo! Foi uma decisão muito difícil de tomar, pois ficarei alguns meses sem correr. Porém, logo o que eu mais gosto de fazer estava causando desconforto e me lesionando. A recuperação é demorada, um passo de cada vez. Pela frente serão dias de muletas, de bicicleta ergométrica, de hidroterapia, de fisioterapia, de consultas com o médico, de fortalecimentos e por que não de treinos. Espero futuramente estar aqui relatando como foi meu primeiro dia de corrida depois dessa batalha! Estarei aberto para duvidas, curiosidades e para falar como anda minha recuperação. Diego Antunes e-mail: diego@culturadacorrida.com | (48) 99568158 (48) 91687197

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