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nome do post CUIDADO COM A ADERÊNCIA CICATRICIAL! Escrito por: Seja Integral
28 de Agosto de 2015

Você provavelmente possui alguma cicatriz, tanto de cesariana, cirurgias, fraturas... e você sabia que elas podem estar aderidas e causarem alguma alteração no seu corpo? Entenda com a Fisioterapeuta Integral Fabiana Pinheiro como e porque isso acontece, e qual o tratamento necessário.

  As aderências cicatriciais geralmente estão associadas à inflamação durante o período cicatricial, desordem na deposição de colágeno e falta de manipulação adequada após a cicatrização total. Uma vez formadas, as aderências ficam mais rígidas com o passar do tempo, podendo aumentar de tamanho. Nesses casos, a aderência pode causar alterações no tecido afetado, alterando sua função. PORQUE A CICATRIZ SE TORNA ADERIDA? Quando a pele é danificada, o corpo tende naturalmente a curar-se. Como o corpo não consegue repor exatamente a pele ou tecido danificado, deposita fibras que não são tão funcionais como as originais, e formam uma barreira de proteção no local que foi danificado. A cicatrização é o nome dado a esse processo de reparo, em que o tecido preexistente fica substituído por cicatriz fibrosa, dura, esbranquiçada e retraída: o tecido conectivo, que não tem a mesma flexibilidade ou elasticidade. Essa retração tensiona as fáscias alterando todo o mecanismo dos órgãos e estruturas corporais locais e distantes. Essas aderências da fáscia no tecido cicatricial ocorrem pois as células de reparo são jogadas aleatoriamente no local de lesão. Não existe um mecanismo que repare essas estruturas individualmente. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA CICATRIZ ADERIDA? Quando ocorre a aderência ocasionada por má cicatrização, esta perda de movimento do tecido leva a alterações mecânicas e, consequentemente, sobrecargas, dores, rigidez, falta de mobilidade ou de flexibilidade e, diminuição na circulação e inervação. Não existe um sintoma específico quando a causa é uma cicatriz. Os indícios podem ser diversos e aparecem em qualquer local do corpo. Mas o que mais encontramos na prática clínica são dores lombares que surgem ou pioram após cesárea. Quando falamos após a cirurgia, não quer dizer imediatamente; este processo pode ser longo e os sintomas, muitas vezes, aparecem depois de anos. Essas restrições de mobilidade se devem principalmente a uma estrutura chamada fáscia. Fáscia é uma estrutura que envolve os músculos e vísceras e serve para tais estruturas deslizarem uma sobre as outras. As fáscias existem pelo corpo inteiro e estão interligadas umas as outras, podendo gerar tensões em regiões bem distantes. A ADERÊNCIA CICATRICIAL TEM TRATAMENTO? Tem sim. Se for uma aderência leve, manobras fisioterapêuticas podem resolver:
  • Massoterapia com técnicas específicas;
  • Bandagem elástica;
  • Vácuo;
  • Ultra-som terapêutico;
  • Eletroterapia como luz infravermelha, laser terapêutico.

cicatriz cesarea

O processo é lento e as técnicas devem ser associadas para garantir bons resultados. A duração do tratamento depende muito do tempo da lesão, ou seja, quanto mais antiga a cicatriz, possivelmente, mais demorada será a terapêutica. CUIDADOS PARA EVITAR A ADERÊNCIA O ideal é darmos a devida importância ao processo de cicatrização e seguir os cuidados necessários nesse período:
  • Não realizar movimentos que tendem a separar as bordas da cicatriz;
  • Não expor a cicatriz ao sol por no mínimo 6 meses;
  • Fazer o repouso adequado;
  • Evitar contato de substâncias estranhas na cicatriz evitando inflamações e infecções;
  • Manipulação realizada por fisioterapeutas no momento adequado para previnir aderências.
   

CUIDE DO SEU CORPO!

    Contato: Fabiana Pinheiro Silva CREFITO 10 4473 LTT-F | fisioterapia@culturadacorrida.com  

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